A
História do Dia do Trabalho
O
Dia Mundial do Trabalho (1º de maio) foi criado em 1889, por um Congresso
Socialista, realizado em Paris, em homenagem à greve geral que aconteceu em 1º
de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos,
naquela época. Quem já estudou a época das Revoluções Industriais, os estudos
de Taylor, tratamento aos trabalhadores, situações de higiene e condições de
trabalho nas fábricas lembra bem dos relatos dessa época.
Milhares
de trabalhadores, então, foram às ruas para protestar contra as condições de
trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de
trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas,
piquetes e discursos movimentaram a cidade. A repressão foi violenta: houve
prisões, feridos e até mortos nos confrontos entre os operários e a polícia. Em
memória aos mártires de Chicago e por tudo o que esse dia significou na luta
dos trabalhadores pelos seus direitos, o dia 1º de maio foi instituídos como o
Dia Mundial do Trabalho.
Aqui
no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde o ano de 1895.
Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a
criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.
Fatos importantes relacionados ao 1º de maio
no Brasil: em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu
o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família
(moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer); e em 1º de maio de
1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais
relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos
trabalhadores.
O significado do trabalho
O
trabalho já foi tema de antigos filósofos e, ainda, ocupa a mente de
sindicalistas, políticos, pesquisadores e estudiosos modernos, como o sociólogo
italiano, Domenico de Masi, que criou a expressão “ócio criativo”. Que segundo o autor, “é preciso
incluir, no cotidiano, atividades que reúnam o descanso, o lazer, o trabalho e
a aprendizagem".
O
que o trabalho significa em nossa vida? Um “castigo” para suprir nossas
necessidades básicas ou, até, alguns luxos? Um dever para satisfazer uma
cobrança social? Ou um projeto de vida para preencher nossas necessidades
emocionais, mentais e espirituais, dando sentido à nossa vida?
É
normal acreditar que somos obrigados a trabalhar a fim de ganhar dinheiro para
nossa sobrevivência: ter comida suficiente; comprar alguns bens e, principalmente,
a casa própria; sustentar os filhos e assegurar uma velhice tranquila. Cada
pessoa escolhe porque trabalha. Gostar do que faz talvez seja motivo para
nunca mais precisará trabalhar.
O trabalho pode ser encarado como fonte de crescimento e realização, mas
também como fonte de castigo e sofrimento. Inclusive, na nossa cultura, algumas
expressões reforçam isto, “vou para a guerra”, “amanhã é dia de ir à luta”,
“sustento minha família com o suor do meu rosto”. A própria origem do termo
trabalho confirma isso, pois veio de “tribalium”, um instrumento de castigo
medieval.
Atualmente
fala-se muito na valorização do capital humano. É claro que não há empresa
perfeita. Nem ser humano sempre satisfeito, ainda mais em locais de trabalho.
Na verdade, com tecnologia, práticas e equipamentos iguais ou parecidos, o que
vai fazer a diferença, efetivamente, é a GESTÃO e consequentemente como essa
gestão pode ocasionar a satisfação nas pessoas.
Em
algumas empresas, ainda persistem práticas muito próximas ao chicote para
comandar subordinados. São proprietários, diretores, chefes ou gerentes (com
perfil de líder, nunca!) que, através de atuações brutais e egocêntricas,
passam dos limites, podando a capacidade criativa das pessoas e desperdiçando
talentos.
Outras
vezes, de forma sutil, impõem missões impossíveis ou tarefas inexpressivas;
desqualificam ou atacam a vida pessoal do colaborador; dificultam o acesso ao
material de trabalho ou aos manuais de instruções; ignoram as atribuições
previstas no contrato de trabalho; e por aí vai. Conhecem?
Existem
também situações que podem, até, configurar assédio moral, passível de
condenação pelo judiciário.
Mas,
para nossa esperança, existem líderes de empresas que estão aprendendo que a
realização dos empregados, a administração ambiental e a responsabilidade
social são as futuras chaves para o aumento da produtividade e da criatividade.
Para
nós trabalhadores chega o momento em que precisamos reavaliar a relação que
mantemos em nossa atividade profissional. Por que nos sujeitamos a certas
situações na empresa? Pelo salário ou para manter-se em evidência social?
Seriam visões de certa forma ultrapassadas, pois além de tarefas e
responsabilidades, é preciso ter uma missão, sentindo-se bem e feliz com aquilo
que faz, onde faz e da maneira que faz.
Encerro com um ditado indiano como reflexão: “Goste do que faz para não precisar trabalhar”.
HOMENAGEM TODOS OS TRABALHADORES
Referências;
http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/dia_do_trabalho.htm
http://www.gaz.com.br/gazetadosul/noticia/275702-tempo_e_dinheiro_francisco_teloeken.html
Notícia
Destaco abaixo trechos da publicação da BBC Brasil,
de outubro de 2011.
Ranking põe trabalhadores brasileiros entre os mais ‘engajados’ do
mundo.
Os empregados brasileiros estão entre os mais engajados no trabalho,
segundo uma pesquisa internacional que colocou os funcionários de empresas no
país em terceiro em um ranking de 18 países.
A pesquisa, realizada pela consultoria ORC
International, considera como engajado o empregado que fala bem da empresa e
de seus produtos, tem interesse em continuar sendo parte da organização e em
buscar seus objetivos e se esforça para ir além das expectativas básicas de sua
função.
Em
um índice de 0 a 100, o engajamento dos empregados brasileiros foi classificado
em 64, atrás somente dos chineses (67) e indianos (74). Três das últimas cinco
posições do ranking são ocupadas por economias desenvolvidas europeias
(Grã-Bretanha, França e Espanha), e a última posição é ocupada pelo Japão.
A
China foi o país que mais se destacou no ranking deste ano, subindo sete
posições em relação ao ano passado e tomando a segunda posição do Brasil.
Por
outro lado, a Grã-Bretanha e a Austrália caíram quatro posições cada no
ranking, ocupando respectivamente a 17ª e a 14ª posições.
Apesar
do alto nível de engajamento geral medido pela ORC International entre os
trabalhadores brasileiros, a pesquisa coloca o país apenas em 11º entre os
18 pesquisados quando é analisada somente a percepção sobre o ambiente de
trabalho.
O
país perdeu cinco posições no ranking sobre ambiente de trabalho entre 2010 e
2011. Segundo a consultoria, “se os índices nessa área continuarem a cair, a
bolha do engajamento no Brasil pode estourar no futuro próximo”.
“Assim
como os mercados emergentes e os níveis de crescimento rápido levaram à
formação de bolhas perigosas na economia, o engajamento dos trabalhadores está
longe de estar imune a essas tendências”, observa a pesquisa.
Ranking de engajamento de
trabalhadores
1 1. Índia
2. China
3. Brasil
4. Suíça
5. Estados
Unidos
6. Áustria
7. Canadá
8. Holanda
9. Alemanha
10. Rússia
11. Cingapura
12. Itália
13. Austrália
14. Espanha
15. França
16. Hong
Kong
17. Grã-Bretanha
18. Japão
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