No dia-a-dia, independente do
ramo de negócio em que se atua, ou da atividade que se exerça, tem que se conviver
com pessoas difíceis. Mas como definir uma pessoa difícil, complicada ou até
insuportável?
Algumas pessoas parecem ter o
dom de enlouquecer os outros, de tornar a convivência difícil, até insuportável,
de complicar as situações e tornar o ambiente em que se está, casa, lazer ou
trabalho, o pior possível. Pode ser o chefe autoritário que controla cada passo
do funcionário, o amigo que não perde uma chance de reclamar da vida ou criticar
cada atitude sua ou o parente que aparece para uma visita e consegue ser
desastroso. O fato é que tipos como
esses são mais comuns do que se supõe. São estereótipos comuns que encontramos,
na fila de um banco, na padaria, supermercado, no ambiente de trabalho ou até
mesmo em nossa casa, no convívio diário, bastando para isso que haja uma
instabilidade de humor, ou uma situação instalada que deseje se modificar.
Nas empresas, costuma-se rotular e apelidar este tipo de
profissional com vários nomes. E rotular seja de que forma for, positiva ou
negativamente, sempre é arriscado, preconceituoso e certamente indelicado. Se pensarmos bem, cada um de nós tem sua particularidade.
Temos
também nossas "complicações", que aos olhos do próximo, podem ser rotuladas de alguma forma, ou seja, “o insuportável sou eu!!!”. Será?
Existem algumas
pessoas com a autoestima grandiosa, outras que se fazem de coitadinhos, incompreendidos e rejeitados e outros exigentes ao extremo, Os exemplos são muitos. Hoje publico, os primeiros de uma série de apelidos que são associados à essas pessoas.
Uma dica para o bem viver, é
abstrair. É preciso não dar tanta importância aos ataques.
Outra dica, antes de rotularmos
um colega de trabalho, é fazermos uma auto reflexão sobre o nosso tratamento
com o próximo ou sobre o nosso comportamento em grupo:
1-Como me comporto diante de um
possível conflito?
2-Como me comporto nas
reuniões de trabalho?
3- Será que eu a trato o próximo como eu
gostaria de ser tratado?
4 Será que as outras pessoas na
empresa tem a mesma dificuldade de relacionamento?
5- Como é o tipo de comunicação
com esta pessoa?
6- Será que eu entendo esta
pessoa?
7- Eu deixo transparecer meu
lado pessoal ou profissional no dia-a-dia com esta pessoa?
8- Posso ou devo compartilhar
deste “problema” com alguém?
Para Marcelo António Homem de Mello,
Coaching e Consultor, “Quando se lida com pessoas, tudo pode dar
errado. E certamente dará. No entanto, quando dá certo, vale por todos os erros
que por ventura tenham ocorrido no passado.”
A revista ISTO É, já publicou uma reportagem com o título “Como lidar com pessoas insuportáveis” - Dicas
de psicólogos para conviver com gente capaz de fazer qualquer um perder a
cabeça.
A revista, de uma forma leve, abordou o tema, deu dicas de como podemos nos comportar e nos fez lembrar algumas pessoas que conhecemos.
Abaixo posto o texto, o primeiro de uma série de três nas minhas pesquisas, e espero que vocês não lidem com esse tipo de colega. Difícil,
não??
Boa Leitura!!!
Como
lidar com pessoas insuportáveis
Dicas
de psicólogos para conviver com gente capaz de fazer qualquer um perder a
cabeça
MIMADOS
Como identificar: são
narcisistas, teatrais, dependentes e superficiais. Conseguem o que querem
explorando sentimentos como pena e culpa. O que podem causar: sugam
o tempo da vítima, provocam desgaste emocional e até prejuízos financeiros O que fazer: imponha limites e não se
perturbe com as lamentações.
Algumas pessoas parecem ter o dom de enlouquecer os outros. Em
menor ou maior grau, são capazes de tornar a convivência difícil, até
insuportável. Pode ser o chefe autoritário que controla cada passo do
funcionário, o amigo que não perde uma chance de reclamar da vida ou o parente
que aparece para uma visita e consegue destruir móveis e bibelôs. O fato é que
tipos como esses são mais comuns do que se supõe. Mas a forma como as pessoas
reagem a eles não. Há quem consiga se defender. Há quem recorra à terapia para
superar os traumas do convívio. Com a bagagem dos casos colecionados em
consultório, especialistas ensinam a lidar com esses “indivíduos-problema”.
O psicólogo americano Paul
Hauck é um exemplo. Há quatro décadas ele estuda os comportamentos neuróticos.
Em maio, lança o livro Como lidar com pessoas que te deixam louco. Nele, o
terapeuta com mais de 15 obras publicadas decifrou cinco “personalidades”
capazes de fazer alguém perder a razão – os controladores, os fracassados, os
mimados, os bullies e os desleixados/maníacos por limpeza (leia quadros).
“Quando você não constrange quem age de forma irritante e perturbadora, está
tolerando esse comportamento”, disse Hauck à ISTOÉ. “Nós só somos tratados do
jeito que permitimos.” Segundo o psicólogo, muitas vezes, quem o procura no
consultório é a pessoa errada – ou seja, a vítima. “Vários que estão aqui vêm
porque os que realmente deveriam estar não aceitam tratamento”, confirma a
terapeuta de casais Ana Maria Fonseca Zampieri, de São Paulo.
Os grupos mais perigosos são os bullies e os controladores. “Eles podem
recorrer à força física e não se importam com as consequências”, analisa Hauck.
“Evite-os a todo custo, a não ser que você seja forte o suficiente para se
defender.” A dor aumenta e as consequências psicológicas agravam se o agressor
é alguém muito próximo. Foi o que aconteceu com a carioca Luiza Leme. Seu ex
-marido a vigiava constantemente. Lia e-mails, mexia em objetos pessoais,
violava sua privacidade. “Eu queria dar uma de boa samaritana”, reconhece.
“Hoje, sei que limite é saudável”, diz Luiza, que só melhorou quando decidiu
terminar o relacionamento.
O bully, valentão
que intimida os colegas de escola, tem seu paralelo entre adultos. A designer
paulistana Cris Rocha, 30 anos, passou maus bocados nas mãos de um. Ela assumiu
algumas contas de um amigo em dificuldades financeiras, como a internet banda
larga do rapaz, pois os dois tinham criado um site em conjunto. “Mas ele se
tornou grosseiro e começou a fazer cobranças e acusações”, lembra Cris. Depois
de dois anos de agressões verbais, a designer criou coragem para se afastar. “A
forma de argumentar dele fazia eu me sentir muito mal”, lembra. “Só com ajuda
de amigas percebi que o errado era ele.” É importante identificar se as
acusações têm fundamento. “Não deixe que os bullies o convençam de que você
está sempre errado ou que é um idiota”, aconselha Hauck.
Fracassados, mimados e maníacos por limpeza (ou bagunça, no extremo
oposto) causam menos danos, mas nem por isso devem ser ignorados. “Pequenos
traumas podem se tornar crônicos”, afirma a terapeuta Ana Maria. A professora
de inglês Andréa Oliveira, 25 anos, cometeu outro erro comum: deu brechas
demais a um mimado. “Eu me proponho a ajudar os amigos, mas eles abusam”,
reconhece. Depois de reconciliar um casal de conhecidos, eles passaram a
convocá- la a cada desentendimento, até que ela se recusou a intermediar. “Por causa
disso, minha amiga ficou um mês sem falar comigo”, diz. Essa é a estratégia dos
mimados: esperneiam, batem o pé, fazem bico. A recomendação da psicanalista Léa
Michaan, da Universidade de São Paulo (USP), é deixar claro que ninguém tem
obrigação de fazer favores. “Dizer o que pensa, mesmo que seja num tom de
brincadeira, é fundamental”, afirma.
Quem convive com
pessoas problemáticas também corre o risco de se deixar contagiar, especialmente pelos
fracassados, que sabotam a própria felicidade. A estudante paulista Fernanda
Espinosa, 25 anos, terminou um noivado depois de sofrer muito ao lado de um.
“Com a convivência, percebi que ele era uma pessoa negativa”, conta. O ex-noivo
passava os fins de semana dormindo ou vendo tevê, e arrastava a moça com ele.
“Vivia cheia de olheiras, de tanto dormir. Estava muito mal”, afirma a
estudante. Uma categoria à parte é a dos muito bagunceiros ou pessoas com mania
de limpeza, que não são comportamentos ruins por si só, mas podem tornar a
convivência irritante. O publicitário paulista Leandro Monteiro, 37 anos, teve
de tolerar durante anos os hábitos da mãe. “Hoje em dia acho o máximo poder
fazer gestos corriqueiros como atender o telefone ou abrir a geladeira sem ter
de lavar as mãos antes!”, explica Leandro, que, casado há quatro anos, pode
fazer a bagunça que tiver vontade.
Em muitos casos, é possível tentar a convivência com essa turma de
personalidade difícil. “Pois sem conflito não há mudança”, afirma a consultora
de carreira Maria da Luz Calegari. Há várias táticas para aprender a lidar com
eles e, principalmente, para se fazer respeitar. Se ainda assim elas falharem,
é melhor evita-los. Quando não for possível riscá-los da lista de contatos,
como no caso de um chefe tirano, por exemplo, o segredo é abstrair. “É preciso
não dar tanta importância aos ataques”, diz Léa Michaan. Afinal, ninguém está
totalmente imune a deslizes. Nem a pessoas insuportáveis.
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Referências:
Marcelo António Homem de Mello - CEO – Empresário, Consultor, Coach pela Sociedade Brasileira
de Coaching-SBC, http://www.homemdemelloconsultoria.com.br
ISTO É - N° Edição: 2056 |
08.Abr.09 - http://www.istoe.com.br/reportagens/10937_COMO+LIDAR+COM+PESSOAS+INSUPORTAVEIS