Pessoal,
vez por outra posto novamente temas
de interesse profissional. Esse de hoje é (mais uma vez!!) sobre liderança. Se
adequa tanto para quem está assumindo um cargo, quanto para quem pretende
fazê-lo no futuro. Porém, independente de ser, formalmente, designado para
um cargo de liderança, o mercado exige esse perfil do profissional.
Recomendo também o artigo COMO UM
CHEFE RUIM PODE ADOECER OS FUNCIONÁRIOS*, que em breve comentarei aqui no blog.
Aproveitem a
leitura a seguir e tentem praticar na profissão .
Boa Sorte!
Aprenda a liderar pessoas e não a chefiá-las
Muitos profissionais assumem cargos de chefia por estarem tecnicamente bem qualificados. No entanto, para serem bem sucedidos é necessário que aprendam a liderar pessoas. James Hunter autor do Best-seller O Monge e o Executivo, diz: " Você gere coisas e lidera pessoas". Ser bem-sucedido liderar na era da informação requer muito mais do que um chefe durão. O crescimento frenético do mercado obriga as empresas a não promoverem profissionais despreparados para cargos de chefia. As empresas estão carentes de verdadeiros líderes de equipe. E a explicação para isso é que para liderar não basta apenas ter conhecimento técnico, é preciso saber liderar pessoas, que diferentemente de máquinas, têm sentimentos.
No entanto, como em qualquer segmento, com o decorrer do tempo o papel
do líder sofreu mudanças. Hoje o líder não é mais um realizador do tipo que
dizia "quer bem feito faça você mesmo", passou a ser um catalisador.
Ele precisa saber motivar as pessoas a sua volta para que elas desejem realizar
as tarefas que ele precisa que façam.
Alguns líderes ainda temem ensinar tudo o que sabem, com receio que seus
liderados tomem o seu lugar. Assim, ensinam somente o básico ou pouco mais,
deixando sempre alguma coisa de fora. Este tipo de comportamento não tem mais lugar
no cenário atual. Longe de reprimir seus liderados, precisa ajudá-los a gerarem
resultados e isto envolve dar espaço para que eles sejam notados e brilhem.
O tipo de líder que as empresas precisam é aquele que não pensa pelas
pessoas, mas as ajuda a pensarem e que tem impulso e desejo de mudar, fazer o
melhor. Além de ter potencial este líder acredita em si e em sua causa, não
deseja ter apenas seguidores leais, mas busca arduamente desenvolver cada
pessoa de sua equipe para estarem aptos para assumirem a liderança quando for
necessário.
Um líder é formador de novos líderes. Uma boa condução de equipe também
pede um bom ambiente de trabalho. A postura do chefe influi muito em situações
de tensão. As pessoas já possuem desafios e situações estressantes suficientes,
não sendo necessário, portanto, criar mais dificuldade.
O líder precisa, antes de controlar a equipe, controlar a si mesmo. Para
liderar de modo eficaz é preciso entender que nem todas as pessoas se motivam
com desafios permanentes, mas a maioria delas se sente motivada se lhes forem
apresentados os significados desses desafios. Onde queremos chegar? Que
resultados serão alcançados?
Outro fator importante observado nos líderes bem sucedidos é que eles
aprendem a lidar muito bem com o poder inerente ao seu cargo, sabem, por
experiência, que o poder da liderança está ligado à capacidade de estabelecer
objetivos comuns com seus liderados. Sabem que o poder formal do cargo de
liderança pode gerar obediência e, mas o comprometimento precisa ser
conquistado dia a dia.
Chefes destroem equipes e fazem com que profissionais talentosos saiam
da empresa. Muitos profissionais são excelentes em relacionar-se com a equipe,
mas ao serem promovidos ficam enfunados de orgulho, alguns se tornam
egocêntricos. Tudo que eles fazem é o melhor, apenas a opinião deles é a
correta. Não valorizam a equipe mesmo quando eles esforçam demais. Isto
desmotiva e faz com que os profissionais insatisfeitos busquem novas
perspectivas, porque não aguentam mais o ambiente de trabalho.
Robert Button professor de administração na universidade de Stanford e
autor de oito livros, um deles é o best-seller Bom Chefe, Mau chefe da editora
Bookman companhia, em entrevista a revista pequenas empresas e grandes
negócios, comentou:
- "Uma das coisas que chama a atenção nos piores chefes é que tudo
gira em torno deles. Agem como se todo mundo tivesse de trabalhar para eles.
Acreditam que podem usar as pessoas e depois descartá-las. Eles não tratam seus
funcionários com dignidade. São o oposto do bom líder, que esta disposto a
ajudar os profissionais a serem bem sucedidos, a se qualificarem. Ele trata os
funcionários com paixão e respeito".
Além disso, um bom chefe tem sensibilidade o suficiente para ajudar os
membros de sua equipe a se desenvolverem e crescerem profissionalmente. Saber
ouvir críticas é importante para tornar-se um bom chefe e incentivar a equipe a
expressar suas opiniões. Para ser bem sucedido um chefe precisa disciplinar-se
a falar menos e ouvir mais.
Robert Button acrescenta: "Uma diferença vital entre um bom e um
mau chefe é que o primeiro considera sua responsabilidade aprender com os
erros. Ele aplica sua habilidade gerencial para construir confiança e uma
atmosfera de segurança".
Ajudar os profissionais a melhorem suas deficiências envolve
sensibilizá-los a verem a necessidade de fazer tal mudança. Podemos ilustrar
essa questão com um projeto de reforma em uma casa velha. A reforma não será
completa se apenas pintarmos a fachada, e deixarmos vigas podres por dentro.
Não corrigir defeitos estruturais levará a problemas no futuro. De modo similar
não basta apenas ajudar os membros de sua equipe a fazerem pequenas mudanças. É
preciso ajudá-los a irem ao âmago de sua personalidade e reconhecerem problemas
estruturais que precisam ser corrigidos. Caso contrário, velhos traços de
personalidade podem ressurgir e causar um estrago grande.
Todos, incluindo os chefes, precisam identificar características
indesejáveis e corrigi-las de modo correto. Identificar com precisão a causa
destas deficiências é o primeiro passo para mantê-las no controle .Tenha em
mente que para ser um chefe você precisa aprender a liderar pessoas e não
apenas gerenciá-las. É preciso inspirá-las. Ser liderado por alguém com
habilidades profissionais, intelectuais e psicológicas torna o trabalho mais
leve. Um estudo Sueco publicado em 2009 acompanhou 3.122 homens por um período
de dez anos. Dentre eles os que tinham chefes ruins sofriam 20% a 40% mais
ataques cardíacos do que os que tinham chefes bons.
Para ser bem sucedido em liderar é
preciso:
- Gostar de pessoas;
- Ter controle emocional;
- Saber trabalhar sobre pressão e em
crises;
- Estabelecer prioridades para a
equipe;
- Ser uma pessoa organizada;
- Trabalhar em equipe;
- Saber forma uma boa equipe
Vale aqui destacar,
o ponto saber formas uma boa equipe, é encontrar semelhanças entre os membros,
encontrar as diferenças entre eles e administrá-las, visando ao bem comum da
equipe; ao Líder requer estrita observância perceptiva! Quando se refere em
formação de uma equipe, não quer dizer que ela precise necessariamente ser uma
equipe nova, que estará iniciando do zero naquele ambiente organizacional.
Sabemos que várias situações ocorrem nas empresas, então, ao iniciar uma nova
equipe ou trazer novos membros para ela, pode ser que as necessidades tenham
sido das mais diversas e cabe ao líder encontrar a melhor maneira para atender
a tais necessidades, visando à construção de um time forte e coeso.
Oliveira (2010, p. 291-292) nos apresenta três movimentos que o líder
deve considerar ao formar um time de trabalho.
1) Encontrar semelhanças entre os membros: Considerando: necessidades,
intenções, objetivos pessoais, experiências e interesses, sendo que cada membro
deve olhar para os demais integrantes da equipe e se ver neles ou algo parecido
com aquilo o que ele sente ou faz.
2) O oposto do primeiro: O segundo movimento descrito pelo autor seria o
contrário do primeiro, ou seja, os integrantes devem procurar aquelas coisas
nas quais sejam diferentes entre si. Para o autor, depois de identificadas
essas características, ficará mais fácil para o líder definir tarefas
específicas para cada membro, considerando aquilo que cada um consiga
desempenhar melhor.
3) Percepção das assimilações e experimentos: O autor nos apresenta como
terceiro e mais importante movimento na formação de uma equipe aquele em que
semelhanças e diferenças já tenham sido assimiladas e experimentadas por todos,
tendo que agora ser administradas.
Para Oliveira (2010), após esse período de maturação, os membros do time
já terão tido a oportunidade de crescerem e se desenvolverem como pessoas, suas
habilidades mais importantes já deverão ter sido solicitadas pelo trabalho e
aceitas pelos demais membros, assim eles terão a chance de tornarem-se
profissionais melhor capacitados para continuar desempenhando as tarefas de
forma satisfatória e, até mesmo, capazes de assumirem novas responsabilidades.
É válido lembrar também, que não basta apenas colocar em prática esses
movimentos para garantir que haja harmonia no ambiente de trabalho onde várias
pessoas, com diferentes realidades, estarão atuando juntas a fim de alcançarem
objetivos comuns. É preciso considerar, ainda, as competências individuais, ou
seja, saber se a pessoa possui habilidades para trabalhar com outras pessoas e
em equipe, pois, caso essas realidades não atendam aos anseios particulares de
cada membro, possivelmente sua atuação será insatisfatória e poderá comprometer
o sucesso de toda a equipe.
Pode-se resumir em algumas frases, o pensamento de grandes líderes sobre
o tema:
A chave para a liderança é executar as tarefas enquanto se constroem os
relacionamentos. "O líder do passado sabe dar ordem, enquanto o líder do
futuro sabe pedir". "Um bom chefe faz com que homens comuns façam
coisas incomuns". Peter Drucker
"É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem
entusiasticamente visando atingir aos objetivos. Um líder é alguém que
identifica e satisfaz as legítimas necessidades de seus liderados e remove
todas as barreiras para que possam servir ao cliente".
James Hunter em seu livro O monge e o executivo "Líder é aquele que
direciona, constrói equipes e inspira outras pessoas por meio de exemplos e
palavras. O administrador só é considerado líder até sua personalidade,
caráter, seu conhecimento e sua habilidade nas funções de liderança serem
reconhecidos e aceitos pelos outros envolvidos".
John Adair em seu livro Chefiar ou Liderar? Seu sucesso depende dessa
escolha "Após mais de cinco décadas de desenvolvimento de meu potencial de
liderança, cheguei a esta conclusão: Liderança é influencia. É isso aí. Nada
mais, nada menos. Meu provérbio sobre liderança é este: aquele que acha que
lidera, mas não tem ninguém que o siga, está apenas dando um passeio.
John C. Maxwell em seu livro você nasceu para liderar "Liderar é
comunicar às pessoas seu valor e seu potencial de forma tão claras que elas
acabem por vê-los em si mesmas".
Stephen R. Covey - Os 7 Hábitos das pessoas altamente eficazes. O líder
comprometido divide a responsabilidade quando algo dá errado e não só busca
promover-se quando tudo dá certo.
"Mude antes de ser obrigado a fazê-lo." Jack Welch
Vale uma grande reflexão
Fonte: baseado em:
- Marcinéia Oliveira
http://www.programacases.com.br/coluna/aprenda-a-liderar-pessoas-e-nao-a-gerencia-las
- Rafael José, 2 de setembro de 2016
- imagens – google imagens
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*disponível em http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/151208_vert_cap_chefe_morte_lab