“...administrar tentações, combater a cobiça e denunciar o Errado; incentivar funcionários e executivos a praticar Justiça e Verdade, Honestidade e Compaixão; ou esclarecê-los quanto ao que é o Certo diante dos problemas e dilemas morais que encaram no trabalho... isso, convenhamos, é importante e as empresas não sabem fazer; e talvez nem queiram saber, realmente.” Julio Lobos (Ética & Negócios)
Pode-se
iniciar uma reflexão sobre ética dizendo que o ser humano, como um ser social,
necessita de regras para que discipline e organize a vida em sociedade com a
finalidade de buscar o bem comum e a felicidade. Daí a ética ser valorativa e se respaldar em valores,
princípios e normas.
Deve ser
entendida mais como uma reflexão crítica sobre a moralidade do que como
cerceamento ao comportamento. Na prática, ao refletirmos sobre o que trará o
bem comum teremos que, necessariamente, controlar atitudes que estão a serviço
do ego e de instintos primários. A ética, pois, é um conjunto de princípios e
disposições voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é
balizar as ações humanas.
Institucionalmente
foi pensada como uma forma de incorporar comportamentos moralmente aceitos sob
a forma de uma postura crítica diante da vida cotidiana, capaz de julgar os apelos
acríticos da moral vigente, seja promovendo boas práticas éticas, seja
combatendo a corrupção. Em qualquer dos casos deve ser motivada de dentro para
fora, como princípio de vida e não como comportamento a ser demonstrado por
controle e/ou temor a superiores hierárquicos.
Sendo assim,
na organização faz-se necessário que todos os servidores/empregados realizem
seus trabalhos de forma transparente, procurando respeitar os limites e
direitos dos colegas e buscar realizar algo voltado ao bem comum. Com isso se
contribui para a melhoria dos processos de trabalho e, consequentemente, para o
bom desempenho organizacional e pessoal. Isso tem a ver com ato ético que, de
acordo com a definição do Dalai Lama (Uma ética para o novo milênio, 2000, p.
58) “é aquele que não prejudica a
experiência ou a expectativa de felicidade de outras pessoas”. É
necessário, então, conduzir-se de forma ética não apenas quando lhe for
conveniente, mas o tempo todo, demonstrando compromisso consigo mesmo, com sua
equipe, com a sociedade e com sua organização.
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