Lê é nosso!!! Conheçam! Entrevista no blog www.caixaacoustica.blogspot.com (recomendo)
Gosto de colocar a famosa frase "de Pernambuco para o mundo".
Ele Ainda me cita na entrevista!!!!!!
-Você
citou alguns parceiros, como a Maria Izilda e a Nô Stopa. Quem são seus
outros parceiros ? E com quem você gostaria de compor ?
Maria
Izilda é uma ótima compositora. Gosto muito das idéias, dos textos que
ela apresenta junto com sua filha, Nô Stopa. Outro parceiro é um músico
chamado Wesley Nóog. Tenho duas músicas gravadas em parceria com ele.
Agora pensando em trabalhos futuros, tenho nomes de alguns compositores
que possivelmente vou incluir no terceiro cd. É o caso da Carmen Lúcia,
que é professora e escritora pernambucana, e daí, talvez, já saia um
frevo, ciranda ou algo do gênero..................Bjo Lê Guedes e muito sucessooooo!!!!
Fonte: http://www.caixaacoustica.blogspot.com.br/2012/03/entrevista-com-le-guedes.html
Por Mael Júlia
Lê
Guedes é um músico e compositor pernambucano, radicado em São Paulo há
algum tempo, e onde constrói sua carreira musical cantando coisas
simples, fundamentais e reflexivas, aliado ao bom gosto e com sonoridade
calcada no MPB, devidamente registradas em seu primeiro disco "Um Arco-Íris na Estrada".
Nessa entrevista exclusiva, descobrimos um pouco mais de sua
trajetória, a vinda para São Paulo, seus parceiros de composição,
curiosidades e sobre seu segundo trabalho, chamado "Evolução" com
previsão de lançamento para final de Março.
-Faça uma pequena apresentação sua.
Lê Guedes: Eu
me chamo Alexandre Guedes Ramalho. Nasci em 05 de Março de 1975, sou
natural de Recife (capital de Pernambuco)mas fui criado em Olinda. Tive
também uma boa passagem na cidade de Maceió, em Alagoas.
- Quanto tempo viveu em Maceió ?
Fui,
com 9 anos de idade, para Maceió em 1984 e morei 8 anos. Tenho boas
lembranças de lá! Em 1992, retornei para Olinda com 16 anos.
-Depois que voltou para Olinda, ficou quanto tempo por lá? E por quê você veio para São Paulo ?
Não
muito tempo, pois em Outubro de 1994, resolvi vir para São Paulo para
ver meu pai que, na época, já estava morando aqui. Mas esse foi apenas
um dos motivos, porquê já me despertava um desejo imenso de sair um
pouco, de conhecer outros lugares. Vim sozinho, mas sempre com o violão
nas costas.
-Você já pensava em ser músico, tocar por aí ?
Já
vinha nascendo um grande interesse pela música, quando estava em
Olinda, e comecei a aprender a tocar violão, que havia ganho de presente
de minha mãe, ainda em Maceió! Certa vez, um tio meu havia ido passar
férias na casa de minha mãe, e ele perguntou: "De quem é esse violão?" E
minha mãe respondeu: "É do Alexandre, que deixou aí." Em seguida, meu
tio, retornando para Olinda, trouxe-me o violão de volta, e ele disse:
"Você vai aprender a tocar violão!" Aí fui aprender.
-Quando começou a surgir as primeiras composições, sobre o que falavam ?
Nasceram
as primeiras músicas com uns amigos que, também estavam aprendendo a
tocar alguma coisa. Essas letras ainda existem e estão bem guardadas!
Eram músicas bem simples... e com muitos erros de português. (risos)
- Como o quê, por exemplo ?
Ah,
coisas de adolescente do tipo: " Somos dois adolescentes... precisamos
entender por que desistiu. Não vá desistir agora, eu prometo fazer você
feliz. Nosso amor é tão lindo e eu adoro o cheiro dos teus cabelos..."
(risos) Meu Deus... era muito ruim. Isso está guardado debaixo de sete
chaves. (risos) Mas, agora é diferente!
-E quais foram suas influências musicais ? O que te permitiu evoluir como músico e compositor ?
Bom...
na verdade, sempre gostei de música. Principalmente, música brasileira.
Mas aprecio muitos gêneros musicais, Rock, Pop, Xote, Reggae, Frevo,
Ciranda, Samba... e por aí vai. Desde que tenha uma certa qualidade!
Minha influência, talvez seja um apanhado de tudo isso. No meu primeiro
Cd, toquei algumas baladas, gravei um reggae que tenho com Fernando
Anitelli, tem outra canção em que tem uma presença sutil das
guitarras... Nesse segundo Cd, as guitarras estão mais presentes. Esse
disco novo está bem Rock-pop. No terceiro, quero misturar algum frevo ou
alguma ciranda talvez, e assim vai seguindo.
Lê Guedes e Vinicius Surian (ao fundo) |
-Teve algum artista, ou algum momento, que foi fundamental para sua escolha de ser músico ?
Não
digo, artista. E sim, a vontade de mostrar o que eu estava fazendo.
Daí, resolvi seguir a carreira de músico e compositor, e poder cantar as
minhas canções.
-Quais suas inspirações para compor ? O que te motiva ?
A
inspiração vem do momento! Para mim, não funciona como uma regra. Minha
motivação é de cantar e passar uma boa palavra adiante. Uma mensagem
boa. Como muitas músicas estão sendo faladas na primeira pessoa, é claro
que isso tem a ver comigo mesmo, com minha vida, minha história.
-Mas você sempre parte de uma idéia inicial ?
Não
necessariamente! Na música “Arrisco”, por exemplo, a Maria Izilda me
deu um texto, que não foi mudado nem uma vírgula, e a música ficou
pronta. “Arco-Íris Diferente” já teve uma concepção. Na verdade, ela foi
feita para a festa da escolinha da Maria Izilda, falando sobre a virada
do milênio. Até que essa parceria se expandiu, quando a Nô Stopa
(cantora e compositora) sugeriu acrescentar outras idéias, que se
encaixaram com o perfil da música. “Como é Vital” foi inspirada em um
momento vivido por mim. É assim que rola.
No disco “Arco-íris” todas as músicas e as parcerias foram feitas de
forma natural, sem a intenção de formar uma identidade, um rótulo.
-Você
citou alguns parceiros, como a Maria Izilda e a Nô Stopa. Quem são seus
outros parceiros ? E com quem você gostaria de compor ?
Maria
Izilda é uma ótima compositora. Gosto muito das idéias, dos textos que
ela apresenta junto com sua filha, Nô Stopa. Outro parceiro é um músico
chamado Wesley Nóog. Tenho duas músicas gravadas em parceria com ele.
Agora pensando em trabalhos futuros, tenho nomes de alguns compositores
que possivelmente vou incluir no terceiro cd. É o caso da Carmem Lúcia,
que é professora e escritora pernambucana, e daí, talvez, já saia um
frevo, ciranda ou algo do gênero. Daqui de São Paulo, tem o músico e
compositor Mael Júlia, que é um rapaz talentoso, e que está produzindo
seu primeiro trabalho. Um grande amigo compositor chamado Edi Clapton,
que conheci alguns anos atrás no bairro do Tatuapé. Além de manter os
outros compositores. Mas, no momento, isso é uma coisa em construção,
pois meu foco está virado para o meu novo cd, “Evolução”.
Lê Guedes e Nô Stopa: forças unidas em prol da música |
-Os músicos que compõem a banda que te acompanha nos shows, são amigos de longa data, ou conheceu recentemente ?
Bom,
eu gosto de ter a liberdade de trabalhar com muitos músicos, de variar
as formações. Isso vai de acordo do tipo de trabalho que eu venha a
desenvolver. Tem alguns músicos que já trabalham comigo há muito tempo,
como há também músicos novos. Para o “Evolução”, vou contar com um novo
guitarrista e um novo baterista.
-Quem
ouvir o "Arco-Íris na estrada", perceberá uma característica de leveza
que há nas músicas, e na temática da maioria de suas letras. Pois aborda
muito o assunto da natureza como ela é, como se fossem cenas. O
"Evolução" está muito diferente, ou ele tem certas coisas que remetem ao
"Arco-Íris" ?
O
novo Cd vem diferente sim, contudo, as digitais permanecem! Acredito
que o disco esteja mais maduro. Isso não quer dizer, que o "Arco-íris”
tenha sido um trabalho inferior. Pelo contrário, ele ficou tão bom
quanto o "Evolução". Ainda mais que, a produção foi feita por mim e
também pelo Pipo Pegoraro.
No estúdio, com o músico e produtor Pipo Pegoraro (à esq.) |
-O
Pipo Pegoraro já é um músico ativo há um tempo com trabalhos
interessantes. Como foi essa aproximação com ele, e o que ele
acrescentou ao seu trabalho que você considera imprescindível ?
O
Pipo é um grande amigo que a música me deu. Eu o conheço há, mais ou
menos, 14 anos e lembro que nós frequentávamos o sarau do Centro Cultural Elenko KVA.
De lá conheci também, a Nô, o Wesley Nóog, o Fernando Anitelli, entre
outros artistas de vários gêneros da arte, todos com os mesmos sonhos, e
isso aconteceu por volta de 1998. Mas só pude gravar meu primeiro Cd, 7
anos depois, com a produção só do Pipo. O segundo, fizemos a produção
juntos!
-Como
você vê a cena musical hoje em dia ? E o mercado fonográfico, você acha
que ainda tem jeito, ou você acha que, com as ferramentas que se tem,
como a internet, anula essa hipótese ?
Eu
acho todos os caminhos válidos. A Internet ajuda bastante a divulgar o
trabalho, de uma forma rápida, democrática e barata, acabando de certa
forma com o monopólio das gravadoras. Hoje, você pode, muito bem, gravar
a sua música, e ter a certeza de que vai fazer as pessoas ouvirem. Por
outro lado, acontece que fica difícil se manter por muito tempo no
mercado. Não por falta de qualidade do artista. E sim, porque hoje em
dia, quem domina o mercado são os “medalhões” da música popular
brasileira, e para quem está dentro do “esquema”, vai entender que eles
tem mais importância do que os que estão na luta pelo próprio espaço. E
muitos de nós, não tem condições de quebrar as exigências das
gravadoras, rede de comunicação, empresários, etc.
Em show no CEU Vila Formosa em 2011 |
-Dos artistas, recentes ou não, quais você aprecia ?
Gosto
muito do trabalho do Nando Reis, da Roberta Campos (que gravou com o
Nando), da Bruna Caram... Tem uma galera nova e bacana nas rádios. Mas
não tenho muita novidade de gosto e preferência.
-Antes de ser músico, você deve ter feito várias coisas. No que já trabalhou para ganhar a vida ?
Nossa...
já trabalhei com coisas que não tem nada a ver comigo, como: ajudante
de caminhão, empacotador de supermercado, guarda-volumes...
-É verdade que você já andou na rua vendendo livros ?
Sim.
Isso foi em 1998, e tinha escrito um livro simples de poesia e saí
vendendo nas mediações da Av. Paulista, na Vila Madalena, o que me
ajudou muito no lado financeiro. Tive uma boa experiência com isso,
aprendi muito, conheci muita gente. Mas não teve jeito. Acabei indo para
a música, pois ela está no meu sangue.
-O que você espera alcançar com seu trabalho ? Qual sua expectativa quanto à isso ?
Espero
que as pessoas gostem, principalmente do novo disco, que foi muito
sofrido, tanto no âmbito profissional, como no pessoal. Mas, mesmo com
todos os obstáculos, ele está saindo, com o lançamento em breve. À
respeito do que as pessoas vão ver, deixo aberto para cada um tirar suas
conclusões, suas viagens, seus sonhos... Tudo que a música pode nos
proporcionar. E a minha expectativa maior, é que eu tenha o meu espaço
dentro da música popular brasileira.
-Onde você espera estar daqui a 5 anos ?
Daqui a 5 anos... Espero estar num patamar um pouco melhor. Como dizia Gonzaguinha: “Saúde e sorte”.
"Entrevista concedida à Mael Júlia, nos dias 16 e 19 de Março de 2012".
Olá, Carmem! Fiquei muito feliz por ter publicado a matéria da entrevista com o Lê Guedes, compositor talentoso e grande amigo. Vejo isso como reflexo de um trabalho bem feito, pois foram gastos dias de boa conversa, interação e amor ao ofício de escrever. Espero que todos captem as boas vibrações dessa conversa que foi muito gratificante, para mim, pois contribuo à divulgar um trabalho que merece ser reconhecido e expandido. Muito obrigado! Mael.
ResponderExcluirVocês merecem. Talentos e com grande futuro.
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