Receita para você delegar*
Executivos de todas as áreas estão sob pressão cada vez maior para
gerar resultados mensuráveis com maior rapidez do que antes. E, como afirma
Stephen Covey, vice-presidentes da firma de consultoria Franklin
Covey, alguns temem ser considerados desimportantes ou desnecessários se
delegarem mais responsabilidades e tarefas aos seus subordinados.
Contudo, do mesmo modo que delegar fica mais difícil, a busca da
competitividade também se tornou mais crucial para as empresa. Felizmente
especialistas e executivos de ampla gama de setores de atividades tem
desenvolvido técnicas destinadas a facilitar a delegação. Vejam algumas delas:
1. Obrigue-se a soltar as rédeas
O caminho para a delegação
mais eficaz começa quando os executivos reavaliam duas premissas básicas suas,
como observa Patti Hathaway, consultora da The Change Agent, dos EUA. Primeira:
“É mais eficiente assumir os problemas dos funcionários do que ensiná-los a
lidar com eles”. Segunda: ”Sabemos mais que nossos subordinados diretos”.
Para superar isso, Hathaway
estimula seus clientes a pensar como líderes, não como gerentes. Ela argumenta
que “gerentes gerenciam detalhes - por exemplo, resolvendo os problemas dos
subordinados diretos-, enquanto líderes gerenciam pessoas - estimulando nelas o
senso de propriedade e responsabilidade”.
2. Peça, não mande.
Quem tem sucesso em delegar
geralmente faz pergunta em vez de ditar ordens. “Perguntar o que você acha que
devemos fazer? ’Ensina as pessoas a propor soluções da próxima vez que lhe
trouxerem um problema”, diz Joice Gioia, presidente da firma de consultoria
norte-americana The Herman Group. Colocar questões abertas – “O que você acha
que ocasionou esse problema?” ou “Como lidamos com essa situação com o cliente
B?”- pode mostrar até que ponto os subordinados aprofundaram os respectivos
problemas.
3. Faça com que a tarefa combine com a pessoa
Os executivos evitam
assumir problemas dos subordinados ao delegar as tarefas com base em sua
avaliação das habilidades e das necessidades de desenvolvimento de cada um
deles.
“Sempre delegue de forma a
permitir que as pessoas ousem”, aconselha Bette Price , consultora do The
Prince Group, dos EUA. “Trate erros como oportunidades de crescimento. Explique
sua avaliação da capacidade de cada funcionário para que ele entenda porque
você está entregando-lhe outra tarefa parecida”, acrescenta.
4. Cultive o pensamento independente
Quanto mais o funcionário
pensar de forma independente e tiver um senso de propriedade em relação a sua
função, menos questão ele levará ao supervisor. (veja quadro).
As tarefas podem receber “notas” de delegação
Uma empresa de paisagismo
norte americana criou um sistema de classificação de problemas em escala
numérica que orienta se a solução pode ou não ser delegada aos funcionários.
Seu diretor de desenvolvimento de negócios explica que são os subordinados que
devem fazer classificação dos problemas, pensando de forma independente.
nota 1 significa que o chefe terá de resolver o problema e pronto;
nota 2 indica que o chefe dirá ao subordinado como resolve-lo e
este executará o que ele disse;
nota 3, o funcionário proporá uma solução e pedirá a aprovação do
chefe;
nota 4 quer dizer que o funcionário agirá conforme achar correto e
comunicará isso ao chefe apenas posteriormente.
Nessa
empresa,quando os funcionários vão ao escritório do chefe para apresentar um
problema , este já pergunta: “Que número é?”. Para cultivar o senso de
propriedade, os funcionários são estimulados por seus gerentes a tomar tantas
decisões “4”quanto possível.
5. Garanta acesso aos recursos necessários
Dar aos subordinados acesso
direto aos recursos que eles necessitam para resolver um problema também
ajudará a reduzir o número de pessoas batendo na sua porta. Pense em recursos
de forma ampla; são pessoas. Informações e oportunidades de desenvolvimento.
Michelle Van Dyke, vice-presidente
sênior de varejo do Fifth Third Bank, nos EUA, investe muito no recurso
“informação” na hora de delegar .”Eu uso e-mails
e reuniões para compartilhar informações com os funcionários sobre nosso
setor, o foco estratégico de nosso banco e nosso desempenho financeiro. Eles
precisam saber as mesmas coisas que eu sei para tomar decisões”.
*Extraído da revista HSM Management artigo de Lauren Keller
Johnson
Carmem parabéns pela iniciativa. Muito bom. O importante é começar e renovar sempre.
ResponderExcluirExcelente Carmem.Ah se todos os dirigentes soubessem delegar,e em empresas lucrativas ou não.Bjs amigos
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