sexta-feira, 31 de maio de 2019

O assunto é: EDUCAÇÃO


Por Alessandra Leles Rocha
Desde a quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, quando as economias mundiais se esfacelaram diante da crise econômica, a humanidade já deveria ter aprendido que viver na zona de conforto é algo bastante relativo. Aliás, viver é comprar uma passagem sem destino, sem seguro de vida, sem garantias de nada. Não somos apenas estamos e só.

E era necessária essa introdução reflexiva, para iniciar nossa conversa sobre o que é realmente importante nesse momento, porque muitos dos que se acham blindados a quaisquer intempéries da vida refutam se colocar em outra posição de análise.
   O assunto é Educação. Sim, mais uma vez é fundamental pensar a respeito; sobretudo, se distanciando de quaisquer influências nocivas e polarizadas ideologicamente. Precisamos pensar sobre Educação, sobre o que esse processo repercute positivamente no desenvolvimento do ser humano e nos seus desdobramentos sociais. Afinal, nenhum de nós é uma ilha e é nessa inter-relação que produzimos melhorias e soluções capazes de beneficiar a todos.
   Admitindo ou não a realidade educacional brasileira, o fato é que ela há muito reflete as discrepâncias presentes na sociedade. Construímos um espectro de Educação que vai da carência mais absoluta ao que há de mais contemporâneo e tecnológico, de modo que, inevitavelmente, silenciamos diante de um modelo legalizado e legitimado que separa os indivíduos de acordo com as suas oportunidades econômicas. 

   É importante ressaltar que, não se trata de uma simples divisão entre educação pública e educação privada. Dentro desses dois nichos, também, se estabelecem subdivisões, gradações que vão apontando a fragilização e o comprometimento do ensino no país. No entanto, apesar do conhecimento público e das autoridades sobre tamanha discrepância, poucas são as iniciativas que buscam contestar e transformar essa realidade.
   Infelizmente, parece existir uma aceitação diante dos fatos. No momento em que toda a sociedade deveria se mobilizar em favor da qualidade e do desenvolvimento da Educação, como forma de garantir um lastro de riqueza subjetiva e imaterial para o país, ela se fragmenta na realidade de cada segmento social, onde a capacidade econômica justifica a possibilidade de oferta de um ensino melhor ou pior. Isso significa que a Educação, ao longo do tempo, se trivializou na ausência de perspectiva de transformação, especialmente para algo melhor.
   Se cada cidadão, sem distinção, é tributado do nascer ao por do sol, não há nada de normal, ou de natural, na desigualdade que se afirma aos seus direitos fundamentais básicos, incluindo à Educação. Agora, diante da realidade atual, na qual o desemprego no país atingiu 13,1 milhões de pessoas até fevereiro desse ano, quanto esse impacto afetou a mobilidade educacional dentro do espectro citado acima?
   Sim, porque o que toda família espera para seus filhos é uma educação boa, com a qualidade manifesta em todos os documentos oficiais do país; mas, diante da crise econômica os direitos fundamentais básicos passam a ser administrados segundo as possibilidades, ou seja, da escola privada para a pública, dos planos de saúde para o atendimento pelo SUS, do transporte particular para o coletivo etc. Afinal, mais do que nunca as garantias estão apenas ao nível do ideário. A qualquer momento o jogo pode virar e você vir se somar à rede de milhões de desempregados, assistindo a sua etérea estabilidade desaparecer e as suas possibilidades de sobrevivência alcançarem patamares aquém das suas expectativas.
   O pior é que essa heterogeneização educacional, com níveis de aproveitamento extremos, em médio e longo prazo é que consolidam na dispersão de cidadãos despreparados na sua cidadania e na sua capacidade laboral. Engana-se quem pensa que analfabetismo funcional, por exemplo, é reflexo apenas de uma educação ruim de escolas públicas ruins. O X da questão está na aceitação do desequilíbrio, das diferenças ao longo de toda a cadeia de ensino-aprendizagem; de modo que, o funil despeja cada vez menos pessoas verdadeiramente qualificadas.
   Inclusive, se prestarmos atenção às projeções de envelhecimento populacional no mundo, precisamos que as novas e futuras gerações tenham de fato condições de contribuir para a manutenção e o desenvolvimento das sociedades. É aí que entra uma preocupação e um interesse coletivo pela Educação nacional, no qual todos estejam preocupados em debater, em propor soluções e caminhos, em estruturar ações estratégicas de curto, médio e longo prazo para alavancar o país.
 No momento estamos pensando na urgência Previdenciária; mas, esta  deveria incluir a urgência Educacional. Se não repensarmos a Educação permaneceremos distantes de mão-de-obra qualificada e apta, capaz de contribuir com seu o trabalho para o Sistema Previdenciário; e daí, todos os esforços terão sido em vão. Uma educação que faça frente às demandas socioeconômicas é o que o país necessita com urgência.    Ainda que o orçamento nacional esteja abaixo do esperado, não justifica a inconstitucionalidade de não cumprir o art. 212, da Constituição Federal (1988), o qual em momento algum faz ressalva ou abre precedente para eventuais contingenciamentos, restrições ou quiçá, cortes.
   A Educação não pode ser um ponto de discórdia, qualificado em justificativas inconsistentes, ou em achismos ou em teorias conspiratórias. Já passou da hora da sociedade civil, entidades públicas e privadas, todos cumprirem de imediato o que reza o art. 205, da Constituição Federal (1988), ou seja, trabalhar para “o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

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Fonte: imagem: google imagens
Texto: Alessandra L. Rocha

terça-feira, 14 de maio de 2019

Coelho ou pato?

Coelho ou pato? Essa ilusão de ótica diria muito sobre as capacidades de seu cérebro*

Ilusão de ótica. Acesse o link

https://www.msn.com/pt-br/estilo-de-vida/video/coelho-ou-pato-essa-ilus%C3%A3o-de-%C3%B3tica-diria-muito-sobre-as-capacidades-de-seu-c%C3%A9rebro/ar-AABfjHa?li=AAggXC1&ocid=mailsignout



Algumas ilusões de ótica não saem nunca de moda. Um desenho feito há mais de um século ainda pode movimentar as redes sociais! A questão é simples: você consegue ver os dois animais visíveis nessa imagem? E se sim, você consegue facilmente passar de uma para outra?

Desenhado em 1892, essa ilusão de ótica começou a ficar famosa sete anos mais tarde, quando o psicólogo americano Joseph Jastrow a utilizou para provar uma de suas teorias. Para ele, a visão não é apenas o resultado da atividade dos olhos, o o cérebro também pode "decidir" o que a gente vê. Como aqui, onde apenas com a vontade, nós podemos ver o pato, ou o coelho, sem que a informação recebida pelos nossos olhos mude.

Um indício de sua criatividade

Ainda segundo Joseph Jastrow, a capacidade de ver os dois animais um depois o outro testemunharia a velocidade de cognição de uma pessoa. Melhor, quanto mais rapidamente você pudesse passar do coelho para o pato, e vice-versa, mais você seria criativo. As pessoas muito criativas teriam, na verdade, o talento de encontrar novas utilidades para objetos já existentes.

Elas teriam também uma maior tendência a realizar conexões entre os conceitos ou elementos materiais que, à princípio, não têm ligação. Contudo, a faculdade de ver o coelho ou o pato dependeria também de um outro fator: a época do ano. Pesquisas sugerem que na Páscoa, por exemplo, as pessoas estariam mais inclinadas a ver o coelho do que o pato.



segunda-feira, 13 de maio de 2019

A cultura é parte do que somos

Cultura*
A cultura é parte do que somos, nela está o que regula nossa convivência e  nossa comunicação em sociedade.

Ao tratar do conceito de cultura, a sociologia se ocupa em entender os aspectos aprendidos que o ser humano, em contato social, adquire ao longo de sua convivência. Esses aspectos, compartilhados entre os indivíduos que fazem parte deste grupo de convívio específico, refletem especificamente a realidade social desses sujeitos. Características como a linguagemmodo de se vestir em ocasiões específicas são algumas características que podem ser determinadas por uma cultura que acaba por ter como função possibilitar a cooperação e a comunicação entre aqueles que dela fazem parte.
A cultura possui tanto aspectos tangíveis - objetos ou símbolos que fazem parte do seu contexto - quanto intangíveis - ideias, normas que regulam o comportamento, formas de religiosidade. Esses aspectos constroem a realidade social dividida por aqueles que a integram, dando forma a relações e estabelecendo valores e normas.
Esses valores são características que são consideradas desejáveis ou indesejáveis no comportamento dos indivíduos que fazem parte de uma cultura, como por exemplo o princípio da honestidade que é visto como característica extremamente desejável em nossa sociedade.
As normas são um conjunto de regras formadas a partir dos valores de uma cultura, que servem para regular o comportamento daqueles que dela fazem parte. O valor do princípio da honestidade faz com que a desonestidade seja condenada dentro dos limites convencionados pelos integrantes dessa cultura, compelindo os demais integrantes a agir dentro do que é estipulado como “honesto”.
Cultura e diferença
As normas e os valores possuem grandes variações nas diferentes culturas que observamos. Em algumas culturas, como no Japão, o valor da educação é tão forte que falhar em exames escolares é visto como uma vergonha tremenda para a família do estudante. Existe, então, a norma de que estudar e ter bom desempenho acadêmico é uma das mais importantes tarefas de um jovem japonês e a pressão social que esse valor exerce sobre ele é tão forte que há um grande número de suicídios relacionados a falhas escolares. Para nós, no entanto, a ideia do suicídio motivado por uma falha escolar parece ser loucura.

Mesmo dentro de uma mesma sociedade podem existir divergências culturais. Alguns grupos, ou pessoas, podem ter fortes valores baseados em crenças religiosas, enquanto outras prefiram a lógica do progresso científico para compreender o mundo. A diversidade cultural é um fato em nossa realidade globalizada, onde o contato entre o que consideramos familiar e o que consideramos estranho é comum. Ideias diferentes, comportamento, contato com línguas estrangeiras ou com a culinária de outras culturas tornou-se tão corriqueiro em nosso dia a dia que mal paramos para pensar no impacto que sofremos diariamente, seja na adoção de expressões de línguas estrangeiras ou na incorporação de alimentos exóticos em nossa rotina alimentar.
Cultura em mudança
Uma cultura não é estática, ela está em constante mudança de acordo com os acontecimentos vividos por seus integrantes. Valores que possuíam força no passado se enfraquecem no novo contexto vivido pelas novas gerações, a depender das novas necessidades que surgem, já que o mundo social também não é estático. Movimentos contraculturais, como o punk ou o rock, são exemplos claros do processo de mudança de valores culturais que algumas sociedades viveram de forma generalizada.
O contato com culturas diferentes também modifica alguns aspectos de nossa cultura. O processo de aculturação, onde uma cultura absorve ou adota certos aspectos de outra a partir do seu convívio, é comum em nossa realidade globalizada, onde temos contato quase perpétuo com culturas de todas as formas e lugares possíveis.


* Publicado por: Lucas de Oliveira Rodrigues
Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/sociologia/conceito-cultura.htm

sábado, 11 de maio de 2019

Ser mãe, é amor.

Ser mãe é se sentir completa,
saber que nossas sementes brotaram,  floresceram e geraram novas sementes, os netos.
Ser mãe é se observar por uma sombra e lutar contra as amarguras, tristezas e agonias de todo o dia...É se inquietar a cada olhar triste, a cada preocupação ou decepção de um filho.
É querer resolver tudo... limpar a amargura ou a lágrima e colocar tudo por conta própria nos trilhos...
Ser mãe também é sentir falta da sua mãe, quando ela se foi tão cedo e deixou a saudade e lembrança eternas, nos obrigando a enfrentar a vida e os desajustes sem medo, mas com crença e esperança. 
Ser mãe é saber o que é amar de verdade, o que é querer bem em toda sua plenitude, é errar querendo acertar , é perder achando que vai vencer e desapontar, pensando que vai agradar.
A mãe é assim meio maluca, desencontrada, ora mansa, ora brava, ora boba, outras nem tanto.
Chora com o filho doente querendo assumir pra si essa dor, alegra-se com a felicidade dele, passa a viver pra cada um, porém de sua maneira...é tudo  tão intenso e verdadeiro... É só amor.