quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dói demais

(by Carmen Fonseca)

Saudade que dói
Que machuca e corrói
Saudade medonha
Ancorada numa tarde tristonha

Saudade de um amor que maltrata
Amor que suprime e dilapida a alma
Saudade que vai e vem
Que não dá trégua a ninguém

Saudade que dói
Que machuca e corrói
Que se perpetua em lágrimas
No olhar de alguém carente

Saudade que se alimenta de melancolia
Que não larga e não alivia
Que acorrenta a alma e faz esquecer
De toda aquela alegria


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De Bizet  (na peça Carmen)

"O amor é um pássaro rebelde que ninguém pode aprisionar..."
"[o amor] não adianta chamá-lo, pois ele só vem quando quer."
"... e quando pensa tê-lo aprisionado ele se vai."

"Tu crês prendê-lo; ele te evita. 
Crês evitá-lo; ele te prende."
"Se não me amares, eu te amarei. 
Mas... se eu te amar, cuidado!"

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